1. |
Bola para a Frente
03:23
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Riffs rápidos para a carola, uma boa distorção
Bateria acelerada a marcar a posição
Um baixo agressivo a apoiar o movimento
Sem paneleirices e sem talento
Os anos vão passando e o sentimento é igual
Música bem alto e copos com o pessoal
Política e religião não é o nosso forte
Essa merda já arrastou vários para a morte
Ontem, acabei no bar
Hoje, não quero acordar
Bola para a frente, é mais um dia a encarar
Bola para a frente, é mais um concerto para dar
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2. |
Insolvência
02:59
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A nova matéria-prima
Tem o nome de austeridade
Sustenta-se na acção especulativa
De ratings sujos, sem piedade
Sonha com a miséria de um povo inocente
Que procura uma vida séria no meio de gente incompetente
Insolvência
Ensinada nas faculdades
Por democratas cristãos
Messias das oportunidades
Que atiram para o chão jovens sem mãos
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3. |
Holocausto Mundial
02:45
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HOLOCAUSTO MUNDIAL
Um mundo que não quer mudar
Sociedade corrompida pelo capital
Inocentes pagam pelo puro prazer
De porcos capitalistas, com o cú a encher
Prometeram que um dia isto ia melhorar
As promessas por cumprir e nada diferente
Petróleo e terrenos por conquistar
Não importa os meios, nem que tenham de matar
Bombas na televisão
Vítimas no chão
Num jogo de interesses
No holocausto mundial
As massas são movidas ao sabor da maré
Enchem-se de medo, refugiam-se na fé
Sem grandes alternativas limitam-se a cumprir
A situação é grave e tende a evoluir
Diferentes são as causas por competir
E de olhos tapados impedem-te de agir
No planeta, fica o rasto da destruição
Cada um por si, em nome da nação
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4. |
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A criatividade é comprada
Vemos todos de igual
A revolução foi capitalizada
Por multinacionais em que o lucro é o ideal
O que disseram que morreu
Esta geração de merda pensa que renasceu
Sem nunca saber o que é lutar
São um vazio, não sabem o que estão a mostrar
Quanto é que custa o punk?
A união, a força, a resistência
O respeito e o espírito solidário
Esta geração caiu na inocência
Faz tudo o que vê sem destinatário
Têm tudo o que querem sem dificuldade
No que envergam são uma falsidade
No vazio do consumismo é fácil entrar
Mas o que nós somos nunca irá mudar
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5. |
Alfredo
02:10
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Ele sai para a rua, vai em missão
Bombas ao peito, armas na mão
Ninguém à sua frente ouse atravessar
Máquina de guerra, pronto a matar
Alfredo, o homem sem medo
Um banco local acabou por explodir
E a urgência do hospital está prestes a ruir
Os corpos aumentam, as bombas rebentam
O caos está instalado, há mortos por todo o lado
Alfredo destemido, já sem saída
Sorriso nos lábios, vê a sua missão cumprida
Sem nada a perder, nada a declarar
Prime o gatilho e vai tudo pelo ar
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6. |
Corda ao Pescoço
02:37
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Vives o teu dia-a-dia a suar por um tostão
Porque o tempo não passa e o dinheiro é ilusão
Distribuído em descontos não sei bem para quem
Sei que estão a servir para encher o cú a alguém
Estás à espera do fim do mês
O ordenado mal o vês
E as contas começam a aumentar
Lazer é secundário
O tempo está no caralho
Tens fraldas para mudar
Mas tu tens de comer
E tens de beber
E o tabaco não pode faltar
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7. |
A Nossa Alma
03:12
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Gente vinda de fora
Procurando uma vida melhor
Aquilo que somos agora
Fez-se com muito suor
Que nos chamem de deserto
O nosso orgulho nunca irá morrer
São pobres de alma é certo
Que só têm é merda para dizer
Deixaram tudo ruir
Vemos isso ao longo do rio
Ao tempo soubemos resistir
A alma almadense nunca caiu
A nossa alma nunca caiu
A tranquilidade que nos persegue
Começa pela manhã bem cedo
Na nossa terra de guerreiros
Saímos para a rua sem medo
E antes do sol partir
As cervejas continuam a sair
Mais uma e outra rodada
Não acaba a cerveja em Almada
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8. |
Desafio
02:48
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É tanto o tempo a pensar
Que perdes na vida com medo de tentar
Carregas a cruz do remorso
Esse fardo pesado que não te deixa andar
Viver na incerteza
E a adrenalina ser o rumo
Fazer da rotina a presa
E gritar não ao mundo
Cada passo um palpite
O dia acabará em vitória
A vontade sempre resiste
Dentro de cada história
Não há medo que te faça parar
Será a vontade de descobrir
Um melhor lugar, para onde seguir
É tanto o tempo a pensar
Que perdes na vida com medo de tentar
Agarra o desafio
Segue caminho nem que seja sozinho
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9. |
Ódio
04:22
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Não sei o que dizer, não sei o que falar
Este sentimento que me consome dá-me vontade de vomitar
Vírus mais puro que me corre no corpo
Transborda-me nos olhos mesmo depois de morto
Ódio, aquilo que sinto
Ódio, deste mundo nojento
Ódio, que me consome por dentro
Ódio na minha cabeça
Sociedade de enredos, corrupção total
Ar irrespirável neste mundo fatal
Angústia persistente, sufoco profundo
Corrompe a nossa mente até bater no fundo
O caos está instalado, já não há saida
Estamos possuídos para o resto da nossa vida
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10. |
Touradas
02:48
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Evocando o seu extinto
Mostrando a sua bravura
A morte vai-o seguindo
É chegada a sua altura
Ao ritmo das palmas
O sangue a escorrer
O que gritam estas almas
Ao ver o animal morrer
Multidões pagam só para ver
Um touro na arena enfurecido a correr
Justiça será feita, não irá tardar
Qual é a diversão em matar por matar
Chamam de espectáculo
Falam em cultura
Miseráveis cabeças
Alimentadas com tortura
Mentes dementes
Incentivadas pelo estado
Apoiam estes massacres
De um mundo alienado
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11. |
Porquê?
01:50
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Temos de viver e aguentar
A vossa burrice que é tão grande
Só nos querem é roubar
E à força em nós mandar
São estes os líderes que o mundo quer mostrar
Com tanta merda já feita, não há ninguém que nos possa salvar
Tiranias estúpidas que podiam ser evitadas
Vocês estão no auge da burrice e as críticas são escusadas
Estamos fartos de ver tristezas
De ver as nossas contas a ficar tesas
De sermos roubados a torto e a direito
Acho que merecemos algum respeito
Queremos ter a liberdade
E ensinar-vos quem são os donos da verdade
Porque é que temos de ser nós a resolver os vossos problemas?
De sermos nós os escravos que levamos com as vossas cenas?
Vocês são burros, toda a gente sabe, toda a gente vê
Porque é que isto é assim, porquê?
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12. |
Carne para Canhão
02:24
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Num país à toa
Um povo desgovernado
O futuro é incerto
O ambiente é pesado
Brincam aos políticos
Quem tem mais poder?
A merda é a mesma
És tu quem acaba a perder
O que nós somos, no meio desta escumalha?
Carne para canhão e não valemos nada
Reformas vitalícias, enormes pensões
Quando já não fizeres falta, levas um chuto nos colhões
E os vossos filhos já lá estão sem segundas intenções
A vossa política é um tacho garantido às próximas gerações
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