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Marcha para o Abismo

by Gatos Pingados

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1.
Riffs rápidos para a carola, uma boa distorção Bateria acelerada a marcar a posição Um baixo agressivo a apoiar o movimento Sem paneleirices e sem talento Os anos vão passando e o sentimento é igual Música bem alto e copos com o pessoal Política e religião não é o nosso forte Essa merda já arrastou vários para a morte Ontem, acabei no bar Hoje, não quero acordar Bola para a frente, é mais um dia a encarar Bola para a frente, é mais um concerto para dar
2.
Insolvência 02:59
A nova matéria-prima Tem o nome de austeridade Sustenta-se na acção especulativa De ratings sujos, sem piedade Sonha com a miséria de um povo inocente Que procura uma vida séria no meio de gente incompetente Insolvência Ensinada nas faculdades Por democratas cristãos Messias das oportunidades Que atiram para o chão jovens sem mãos
3.
HOLOCAUSTO MUNDIAL Um mundo que não quer mudar Sociedade corrompida pelo capital Inocentes pagam pelo puro prazer De porcos capitalistas, com o cú a encher Prometeram que um dia isto ia melhorar As promessas por cumprir e nada diferente Petróleo e terrenos por conquistar Não importa os meios, nem que tenham de matar Bombas na televisão Vítimas no chão Num jogo de interesses No holocausto mundial As massas são movidas ao sabor da maré Enchem-se de medo, refugiam-se na fé Sem grandes alternativas limitam-se a cumprir A situação é grave e tende a evoluir Diferentes são as causas por competir E de olhos tapados impedem-te de agir No planeta, fica o rasto da destruição Cada um por si, em nome da nação
4.
A criatividade é comprada Vemos todos de igual A revolução foi capitalizada Por multinacionais em que o lucro é o ideal O que disseram que morreu Esta geração de merda pensa que renasceu Sem nunca saber o que é lutar São um vazio, não sabem o que estão a mostrar Quanto é que custa o punk? A união, a força, a resistência O respeito e o espírito solidário Esta geração caiu na inocência Faz tudo o que vê sem destinatário Têm tudo o que querem sem dificuldade No que envergam são uma falsidade No vazio do consumismo é fácil entrar Mas o que nós somos nunca irá mudar
5.
Alfredo 02:10
Ele sai para a rua, vai em missão Bombas ao peito, armas na mão Ninguém à sua frente ouse atravessar Máquina de guerra, pronto a matar Alfredo, o homem sem medo Um banco local acabou por explodir E a urgência do hospital está prestes a ruir Os corpos aumentam, as bombas rebentam O caos está instalado, há mortos por todo o lado Alfredo destemido, já sem saída Sorriso nos lábios, vê a sua missão cumprida Sem nada a perder, nada a declarar Prime o gatilho e vai tudo pelo ar
6.
Vives o teu dia-a-dia a suar por um tostão Porque o tempo não passa e o dinheiro é ilusão Distribuído em descontos não sei bem para quem Sei que estão a servir para encher o cú a alguém Estás à espera do fim do mês O ordenado mal o vês E as contas começam a aumentar Lazer é secundário O tempo está no caralho Tens fraldas para mudar Mas tu tens de comer E tens de beber E o tabaco não pode faltar
7.
A Nossa Alma 03:12
Gente vinda de fora Procurando uma vida melhor Aquilo que somos agora Fez-se com muito suor Que nos chamem de deserto O nosso orgulho nunca irá morrer São pobres de alma é certo Que só têm é merda para dizer Deixaram tudo ruir Vemos isso ao longo do rio Ao tempo soubemos resistir A alma almadense nunca caiu A nossa alma nunca caiu A tranquilidade que nos persegue Começa pela manhã bem cedo Na nossa terra de guerreiros Saímos para a rua sem medo E antes do sol partir As cervejas continuam a sair Mais uma e outra rodada Não acaba a cerveja em Almada
8.
Desafio 02:48
É tanto o tempo a pensar Que perdes na vida com medo de tentar Carregas a cruz do remorso Esse fardo pesado que não te deixa andar Viver na incerteza E a adrenalina ser o rumo Fazer da rotina a presa E gritar não ao mundo Cada passo um palpite O dia acabará em vitória A vontade sempre resiste Dentro de cada história Não há medo que te faça parar Será a vontade de descobrir Um melhor lugar, para onde seguir É tanto o tempo a pensar Que perdes na vida com medo de tentar Agarra o desafio Segue caminho nem que seja sozinho
9.
Ódio 04:22
Não sei o que dizer, não sei o que falar Este sentimento que me consome dá-me vontade de vomitar Vírus mais puro que me corre no corpo Transborda-me nos olhos mesmo depois de morto Ódio, aquilo que sinto Ódio, deste mundo nojento Ódio, que me consome por dentro Ódio na minha cabeça Sociedade de enredos, corrupção total Ar irrespirável neste mundo fatal Angústia persistente, sufoco profundo Corrompe a nossa mente até bater no fundo O caos está instalado, já não há saida Estamos possuídos para o resto da nossa vida
10.
Touradas 02:48
Evocando o seu extinto Mostrando a sua bravura A morte vai-o seguindo É chegada a sua altura Ao ritmo das palmas O sangue a escorrer O que gritam estas almas Ao ver o animal morrer Multidões pagam só para ver Um touro na arena enfurecido a correr Justiça será feita, não irá tardar Qual é a diversão em matar por matar Chamam de espectáculo Falam em cultura Miseráveis cabeças Alimentadas com tortura Mentes dementes Incentivadas pelo estado Apoiam estes massacres De um mundo alienado
11.
Porquê? 01:50
Temos de viver e aguentar A vossa burrice que é tão grande Só nos querem é roubar E à força em nós mandar São estes os líderes que o mundo quer mostrar Com tanta merda já feita, não há ninguém que nos possa salvar Tiranias estúpidas que podiam ser evitadas Vocês estão no auge da burrice e as críticas são escusadas Estamos fartos de ver tristezas De ver as nossas contas a ficar tesas De sermos roubados a torto e a direito Acho que merecemos algum respeito Queremos ter a liberdade E ensinar-vos quem são os donos da verdade Porque é que temos de ser nós a resolver os vossos problemas? De sermos nós os escravos que levamos com as vossas cenas? Vocês são burros, toda a gente sabe, toda a gente vê Porque é que isto é assim, porquê?
12.
Num país à toa Um povo desgovernado O futuro é incerto O ambiente é pesado Brincam aos políticos Quem tem mais poder? A merda é a mesma És tu quem acaba a perder O que nós somos, no meio desta escumalha? Carne para canhão e não valemos nada Reformas vitalícias, enormes pensões Quando já não fizeres falta, levas um chuto nos colhões E os vossos filhos já lá estão sem segundas intenções A vossa política é um tacho garantido às próximas gerações

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released April 1, 2020

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